Maria Tereza dos Santos, presidenta do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade de Minas Gerais.

““ Nós estamos LITERALMENTE presos com os nossos filhos(…). Com a plataforma a gente vai conseguir isso, para ver se a gente consegue mostrar para a sociedade te pessoas, e quem visita o cárcere são mais. A gente nada mais quer é que se cumpra a Lei de Execução penal!(…) a prisão foi feita para não funcionar, ela nunca funcionou, até porque se tiver alguém ,algum trabalhador do sistema prisional que quer fazer a diferença, quer fazer funcionar ele vai ser parado pelo Estado! Nós temos nessa plataforma um alento. Quando a Associação começou, nós éramos um bando de mulheres que não sabia o que fazer, a gente tinha um monte de gente que dizia nos representar, mas quando chegava na hora do vamos ver mesmo, ou pulava para o lado de lá ficava em cima do muro, e quem está em cima do muro NÃO está do nosso lado(…) A sorte foi quem Deus enviou para nós, num momento de dor a gente apela sim pra Deus. Quando a coisa aperta Deus levanta pessoas com garra, com disposição e com vontade de fazer as coisas darem certo. (…) foi uma alegria muito grande quando a plataforma ficou pronta, porque os familiares podem fazer a denúncia sem medo de ser reconhecido. Porque no sistema prisional é assim, se o familiar denuncia ele pode ficar até três meses sem ter a carteirinha e sem poder visitar.”